domingo, 17 de agosto de 2014

Vianninha conta o último combate do homem comum

De início, muita coisa a ser dita sobre a peça: originalmente chamada "Em Família", é o primeiro projeto a ser revitalizado pela Associação Brasileira de Autores Teatrais, uma das mais antigas do mundo;  de onde o pai de Vianninha, o também dramaturgo Oduvaldo Vianna, fazia parte.

A montagem é uma homenagem aos 40 anos da morte do autor. O diretor Aderbal Freire-Filho afirmou ao Rio Show que "A peça é um retrato da sociedade brasileira que começa a se destacar na década de 1970. Uma sociedade de massa que sai de um passado agrário e emerge como o rascunho de um país mais numeroso que o Vianna estava assistindo nascer, e a todos os seus novos protagonistas. É a história do homem perdedor, mas que reage, que tem atuação direta".

Assisti a peça no sábado, com uma amiga que tem me acompanhado na missão de uma peça por semana. Pegamos o carro menos de uma hora antes da peça, e conseguimos bons lugares. O teatro não estava muito cheio. Nada parecido com Incêndios, sua antecessora no Poeira, que só consegui lugares no poleiro.


Ás 20 horas e 5 minutos o espetáculo começa. 10 atores no palco; a coxia é aberta, os atores visíveis o tempo inteiro. Um palhaço faz umas graças, e a história começa. A história sobre um casal de idosos despejado de sua casa parece muito atraente, e conduz o espectador; os filhos do casal são tipos que muito provavelmente já convivemos na vida real. São muitos os pontos que ligam a família de Souza ás famílias brasileiras. 

Mas cansa. Com 1 hora e 20 de espetáculo comecei a olhar incessantemente no relógio; minha amiga me encarou e eu tive que fazer uma cara de "desculpa por ter te arrastado pra cá". Apesar de informarem a duração de 110 minutos, ou seja, 1 hora e 50, foram 2 horas e 10 minutos de peça. Além de entediadas estávamos morrendo de fome. 


Poderia ter 20 minutos a menos. Talvez eu saísse de lá com uma impressão geral melhor, se fosse o caso. De qualquer maneira, fica a reflexão sobre família e suas relações. 


Nota: 6.5


Teatro Poeira - quinta a dom 21 hrs (R$50,00)

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